Apanhado da Semana #03 – Rodrigo Amarante, Brinsan N’Tchalá e David Bowie
Depois de uma semana dura, de perdas irreparáveis, como o ator Paulo Gustavo e, mais recentemente, o mestre Cassiano, trago mais um resumo despretensioso do que vi, ouvi e gostei durante a semana entre 2 e 7 de maio.
Rodrigo Amarante – Maré
E lá se vão sete anos desde que meu hermano preferido lançou “Cavalo”, seu único disco solo. Preparando terreno para o “Drama”, que será lançado em 16 de julho, pela Polyvinyl, Amarante jogou em seu canal um trailer a la “O Iluminado”, de Kubrick, e este single, “Maré”. Dirigido por ele próprio, o clipe entrega mais humor e luminosidade na obra do ruivo, que na canção recebeu a companhia de Moreno Veloso (voz), Paul Taylor (bateria), Todd Dahlhoff (baixo), Andres Renteria (congas), David Ralicke (saxofone e flugelhorn) e Daniel Castanheira (percussão).
Brinsan N’Tchalá – Respeito
A jovem curitibana foi pauta na Pitaya Cultural esta semana, ao lançar seu disco de estreia, homônimo deste clipe. Filha de Francisco N’Tchalá, revolucionário da Guiné Bissau que lutou pela independência de seu país, em 1974, a cantora e compositora incorporou o orgulho, as lutas e influências em seu trabalho, que mistura afrobeat, kuduro angolano e afrohouse. Tenho a impressão de que ainda ouvirão falar muito dessa artista.
David Bowie – Holy Holy
Essa não é exatamente novidade, mas foi considerada um fracasso comercial de Bowie. Finalizada ainda em 1970, não entrou no seminal álbum “The Man Who sold the World”, que viria a inaugurar o glam rock, e nem nas paradas de sucesso. Foi lançada como single naquele ano e depois ganhou outra versão na obra-prima “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars” (1971) e como lado B do single “Diamond Dogs” (1974), embora excluída do álbum homônimo. Fica a chance de conferir o lyric video da versão original, remixada por seu produtor Tony Visconti e relançada no ano passado.
